segunda-feira, 23 de maio de 2011

JAC J3 hatch

JAC J3 hatch
Para os frequentadores do AutoShopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo, os carros da JAC Motors não são novidade desde dezembro de 2010. Foi nessa época que a concessionária-piloto da marca começou a pré-venda dos veículos, que estrearam no Brasil no último Salão do Automóvel. Entre eles está o J3, a quem caberá colocar em operação nada menos de 46 revendas JAC simultaneamente, no dia 18. O preço de 37 990 reais - cobrado quando as pré-vendas foram iniciadas - baixou para 37 900 reais, ainda que os vendedores dissessem que ele aumentaria. Estratégia de convencimento, a mesma que diz que não haverá versão flex, já prevista para 2012. A novidade, mesmo para quem conhece o carro, é que a versão definitiva só começou a ser exposta recentemente. O modelo que será vendido tem acabamento superior. Bom o suficiente para colocar a JAC Motors no mapa de preocupações das fabricantes brasileiras atuais.

O responsável pela nova ofensiva chinesa é o empresário Sergio Habib. De importador Citroën em 1991 ele se tornou presidente da marca no país até 2008. Dono de 83 revendas de várias marcas, Habib diz ter ajudado a adaptar o J3 ao gosto brasileiro. Após eleger a marca JAC (cuja pronúncia ofical será "djéc") e escalar o J3 para o pontapé inicial, ele expôs ao fabricante suas premissas: o carro precisava responder mais rápido, ter suspensão mais firme, mais cuidado no acabamento e ser mais silencioso. De acordo com Habib, foram trocadas borrachas de vedação, o material de isolamento acústico foi reforçado, o tempo de resposta do acelerador eletrônico foi alterado e os revestimentos, substituídos. "O motorista chinês não anda rápido. Ele não gosta de trancos ou de respostas bruscas, quer suspensão muito macia...", afirma Habib, confiante de que as mudanças o ajudarão a concretizar o plano de transformar a JAC Motors Brasil de importadora em fabricante. Em dois anos.

Mas quais são as credenciais do J3 para entrar em divididas com craques de grandes torcidas no Brasil? Equipamento e preço. Além de travas, vidros e retrovisores elétricos, direção hidráulica e ar-condicionado, ele traz também airbags dianteiros e ABS com EBD. Em termos de motor, pelo menos nominalmente (na pista você vê logo a seguir), ele joga na defesa: é um 1.3, com exatos 1 332 cm³. Por que, então, chamá-lo de 1.4? "Questão de marketing. A Honda faz o mesmo com o Fit", disse Habib. É verdade. O motor do Fit tem 1 339 cm³.

Cabe ao J3 uma missão desafiadora. Além de apresentar a marca aos brasileiros e abrir caminho a modelos mais luxuosos, como J5 e J6, ele é um dos primeiros embaixadores da segunda onda chinesa a mostrar as credenciais. Tem de provar que é robusto, confiável e bom não só de preço, mas também de manutenção, seguro e revenda. Se ele tem méritos para isso ou não, é algo que você confere nas páginas seguintes.
 
» FOTOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário